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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Platão e a Alegoria da caverna

Para explicar o movimento de passagem de um grau de conhecimento para o outro, no Livro VII da República, Platão narra o Mito da Caverna, alegoria da teoria do conhecimento e da paidéia platônicas. Para conhecermos esse mito, precisamos retomar, noutro nível, a exposição da teoria do conhecimento feita nas aulas anteriores, pois essa versão apresentada deixou de lado a beleza, a dramaticidade e as metáforas que tecem o Livro VI da República.

Para dar a entender ao jovem Glauco o que é e como se adquire o conhecimento verdadeiro, Sócrates começa estabelecendo uma analogia entre conhecer e ver.

Ilustação do Mito da CavernaTodos nossos sentidos, diz Sócrates, mantêm uma relação direta com o que sentem. Não é esse, porém, o caso da visão. Para que a visão se realize, não bastam os olhos (ou a faculdade da visão) e as coisas coloridas (pois vemos cores e são elas que desenham a figura, o volume e as demais qualidades da coisa visível), mas é preciso um terceiro elemento que permita aos olhos ver e às coisas serem vistas: para que haja um visível visto é preciso a luz. A luz não é o olho nem a cor, mas o que faz com que o olho veja a cor e que a cor seja vista pelo olho. É graças ao Sol que há um mundo visível. Por que as coisas podem ser vistas? Porque a cor é filha da luz. Por que os olhos são capazes de ver? Porque são filhos do Sol: são faróis ou luzes que iluminam as coisas para que se tornem visíveis. A visão é, assim, uma atividade e uma passividade dos olhos. Atividade, porque é a luz do olhar que torna as coisas visíveis. Passividade, porque os olhos recebem sua luz do Sol.

Conhecer a verdade é ver com os olhos da alma ou com os olhos da inteligência. Assim como o Sol dá sua luz aos olhos e às coisas para que haja mundo visível, assim também a idéia suprema, a idéia de todas as idéias, o Bem (isto é, a perfeição em si mesma) dá à alma e às idéias sua bondade (sua perfeição) para que haja mundo inteligível. Assim como os olhos e as coisas participam da luz, assim também a alma e as idéias participam da bondade (ou perfeição) e é por isso que a alma pode conhecer as idéias. E assim como a visão é passividade e atividade do olho, assim também o conhecimento é passividade e atividade da alma: passividade, porque a alma precisa receber a ação das idéias para poder contemplá-las; atividade, porque essa recepção e contemplação constituem a própria natureza da alma.

Assim como na treva não há visibilidade, assim também na ignorância não há verdade. A e a são para a alma o que a cegueira é para os olhos e a escuridão é para as coisas: são privações (privação de visão e privação de conhecimento).

Sob a analogia da luz, a diferença entre o sensível e o inteligível se apresenta assim:

MUNDO SENSÍVEL MUNDO INTELIGÍVEL
Sol
Luz
Cores
Olhos
Visão
Treva, cegueira
Privação de luz
Bem
Verdade

Idéias
Alma racional ou inteligência
Intuição
Ignorância, opinião
Privação de verdade

Essa analogia é o tema do Mito da Caverna, narrado por Sócrates a Glauco para fazê-lo compreender o sentido da paidéia filosófica, isto é, da dialética e do conhecimento verdadeiro.

E hoje: o que seria a caverna?



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ignorância ou barbárie?

Hoje assisti a um episódio envolvendo um motorista de ônibus (Vila Rica) que me fez refletir sobre o ser humano. O dito motorista ao avistar crianças com uniformes de estudante num ponto parou um pouco antes, de modo que serviria para alguns passageiros descerem. Contudo, algumas crianças correram para tentar entar no ônibus.
O motorista tratou de fechar rapidamente a porta traseira e algumas crianças quase ficaram presas à porta. O motorista impassível seguiu seu trajeto. Confesso que fique estupefato. Depois, tratei de ligar para a empresa e reclamar de tal fato.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Irã X Israel

Considerações iniciais

Dois pesos e duas medidas

Esta semana, por ocasião da visita do presidente iraniano ao brasil, Mahmoud Harmadnejad, vários protestos foram feitos, acusando-os de violar os direitos humanos, dessa forma, segundo os protestantes (em sua maioria judeus) o presidente Lula não poderia recebê-lo, pois, estaria sendo conivente com o seu governo.

Não quero questionar a questão do desrespeito aos direitos humanos no Irã. Mas, se formos seguir o mesmo raciocínio e discurso usados pelos manifestantes, o presidente Lula tb não poderia ter recebido o premier Israelense, pois, recentemente, o Estado de Israel foi acusado pelo ONU de desrespeitar os direitos humanos, em relação ao tratamento dado aos palestinos no territórios ocupados. Então? Porque os mesmo manifestantes não fizeram o mesmo quando o primeiro ministro de Israel esteve aqui?

Discutiremso isto depois.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Religião e religiosidade

De acordo com os estudos históricos, com destaque para o historiador Gordon Childe, o nascimento da religiosidade, enquanto crença em uma força superior, metafísica, está relacionado com a necessidade dos homens de explicar os fenômenos naturais.
Ainda na Pré-História, ao perceber que as plantas cresciam mais rápido, quando eram cultivadas próximo a lugares onde havia mortos enterrados, os homens começam a estabelecer uma relação entre sucesso na colheita e o sobrenatural. A acreditando dessa forma que os mortos interferiam no mundo dos vivos.

O nascer do sol, a chuva, a queda de um raio, o crescimento das plantas, eram vistos pelo homem primitivo como manifestação da ira "divina", por isso, este passou a fazer oferendas e suplicas ao deus, ou deusa, com o objetivo de aplacar a ira e conseguir desta forma, uma boa colheita.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Poesia escrita por Marx

Uma poesia particularmente comovedora, ainda que profundamente triste, é intitulada "Tragédia do destino". Vale citar algumas estrofes:

"A menina está ali tão reservada,
tão silente e pálida;
a alma, como um anjo delicada,
está turva e abatida...
Tão suave, tão fiel ela era,
devotada ao céu,
da inocência imagem pura,
que a Graça teceu.
Aí chega um nobre senhor
sobre portentoso cavalo,
nos olhos um mar de amor
e flechas de fogo.
Feriu-a no peito tão fundo;
mas ele tem de partir,
em gritos de guerra bramando:
nada o pode impedir".

Marx tb tem esta profunda reflexão, talvez um desabafo:

"Os mundos uivam o próprio canto fúnebre.
e nós somos macacos de um Deus frio".



Fonte: www.mundodosfilosofos.com.br

Surrealismo



A arte para ver e sentir.














O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente. Suas origens devem ser buscadas no dadaísmo e na pintura metafísica de Giorgio De Chirico. Este movimento, a exemplo de seus predecessores, pregou a transgressão dos valores morais e sociais, a nulidade das academias e a dessacralização do artista, com uma ressalva: ao nihilismo fundamentalista do dadaísmo opôs uma atitude esperançosa e comprometida com seu tempo.

A publicação do Manifesto do Surrealismo, assinado por André Breton em outubro de 1924, marcou historicamente o nascimento do movimento. Nele se propunha a restauração dos sentimentos humanos e do instinto como ponto de partida para uma nova linguagem artística. Para isso era preciso que o homem tivesse uma visão totalmente introspectiva de si mesmo e encontrasse esse ponto do espírito no qual a realidade interna e externa são percebidas totalmente isentas de contradições.

A livre associação e a análise dos sonhos, ambos métodos da psicanálise freudiana, transformaram-se nos procedimentos básicos do surrealismo, embora aplicados a seu modo.Por meio do automatismo, ou seja, qualquer forma de expressão em que a mente não exercesse nenhum tipo de controle, os surrealistas tentavam plasmar, seja por meio de formas abstratas ou figurativas simbólicas, as imagens da realidade mais profunda do ser humano: o subconsciente.

Dentro do surrealismo devem-se destacar três períodos importantes e bem diferenciados entre si: o período dos sonhos (1924), representado pelas obras de natureza simbólica, obtidas através de diferentes procedimentos de automatismo, de um certo figurativismo; o período do compromisso político (1928), expresso na filiação de seus líderes ao comunismo; e uma terceira fase (1930), de difusão, que se empenhou na formação de grupos surrealistas em toda a Europa, tendo conseguido a adesão de grupos americanos.


Reflexão

"Ser radical é agarrar as coisas pela raiz, e a raiz para o homem é o próprio homem."

Karl Marx

Ferreira Gular

Educar a sociedade

Educar é de certo modo transformar o animal humano em cidadão. Assim, quem educa é a sociedade. Educa através de seus órgãos especializados - as escolas, os colégios, as faculdades - e educa através de todos os seus membros, a cada momento e em todos os lugares. A sociedade educa através dos programas de rádio, dos programas de televisão, dos jornais, dos livros, das revistas pornográficas, das histórias em quadrinhos, das empresas, da prática do esporte, dos assaltos a mão armada, da tortura dos prisioneiros políticos e dos presos comuns; das palavras dos pais e das ações dos pais. Cada indivíduo é um professor a serviço da sociedade ou contra ela, mas sempre em função dos valores estabelecidos. E não poderia ser de outro modo. O homem é um ser social e sua vida não tem sentido se não se insere na sociedade. Mas, se a sociedade é injusta? Uma sociedade fundada sobre a injustiça educa para a injustiça. Donde se conclui que a sociedade tem que ser reeducada para poder educar. A educação exige que a sociedade seja justa para que o educador possa cumprir a sua alta missão de possibilitar a cada indivíduo o pleno desenvolvimento de sua personalidade.

[Discurso de abertura do XXV Congresso Mundial de Educação Através da Arte, realizado no Rio de Janeiro, em 1983.]

Kar Marx

O bom velhinho não pensava apenas nas grandes questões econômicas e filosóficas que permeiam suas reflexões, ele tb compôs versos que, felizmente, estão sendo descobertos.
A título de esclarecimento, vale lembrar que o conjunto da obra de Marx, que inclui artigos de jornais - produzidos para países de várias partes do mundo -, rascunhos, textos, livros, etc... estão reunidos em uma instituição sediada na Alemanha. Estima-se que demore pelo menos mais 10 anos para que toda sua obra seja publicada.
Isto nos leva à seguinte conclusão: muitos indivíduos que se dizem marxistas, em geral, leram apenas três ou quatro obras de Marx, portanto, tem apenas um pálido conhecimento do pensamento marxista.Falam verdadeiras besteiras, no que tange a conceitos centrais do bom velhinho. Em geral estes indivíduos são os mais radicais, fruto do desconhecimento ou da cegueira filosófica característica dos Partidos Comunistas.

Perdoai-vos Marx, eles não sabem o que fazem!!

domingo, 1 de novembro de 2009

O Bloqueio à Cuba

Só EUA, Israel e Palau defendem bloqueio contra Cuba

Mais uma vez, a Organização das Nações Unidas condenou o bloqueio aplicado pelos Estados Unidos contra a ilha. Em uma nova votação, 187 países disseram não ao bloqueio, deixando em uma posição isolada os três únicos defensores da medida: os EUA, Israel e Palau. Proibições e restrições seguem atingindo diversas áreas. Recentemente, a Orquestra Filarmônica de Nova York foi proibida pelo governo norte-americano de se apresentar em Cuba. Governo cubano vê alguns passos positivos de Obama, mas diz que eles ainda são extremamente limitados e insuficientes.

Redação - Carta Maior

Mais uma vez, a esmagadora maioria dos países do mundo condenou, na Organização das Nações Unidas, o bloqueio imposto pelos Estados Unidos contra Cuba. Este ano, 187 países disseram não ao bloqueio, superando o recorde de votos de 2008, com dois votos a mais. EUA, Israel e Palau voltaram a integrar a pequena lista de países que votou contra o fim do bloqueio.

O governo de Cuba, por sua vez, reiterou que o bloqueio dos EUA contra a ilha permanece intacto e constitui uma violação massiva, fragrante e sistemática dos direitos humanos. “Esse cerco continua sendo uma política absurda que provoca carências e sofrimentos, aparecendo tipificado, na Convenção de Genebra de 1948, como um ato de genocídio inaceitável eticamente”, disse o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.

Falando no plenário da Assembléia Geral das ONU, o chanceler acrescentou que essa política é um ato de ignorância e acusou Washington de mentir quando diz que se trata de um assunto bilateral. Rodríguez lembrou que a aplicação extraterritorial das leis do bloqueio, como a Helms-Burton e a Torricelli, também afeta aos demais Estados da ONU e apontou que 56 países sofreram sanções no último período, em função desta legislação. “Essas proibições, desumanas e anacrônicas, não se aplicam somente a Cuba, mas também aos países que vocês representam”, disse.

Ele falou também sobre o impacto do bloqueio, em especial nas áreas da infância, medicina, telecomunicações, alimentação, cultura e ciências. Recentemente, a Orquestra Filarmônica de Nova York foi proibida pelo governo dos EUA de tocar em Cuba.

As 1.941 embarcações que atracaram em Cuba, entre julho de 2008 e julho de 2009, foram proibidas de entrar nos portos dos EUA durante 180 dias. O chanceler destacou ainda que, segundo recentes pesquisas, 76% dos cidadãos estadunidenses se opõem ao bloqueio. Além disso, cresce a pressão do setor empresarial pelo fim do bloqueio. As empresas dos EUA estão proibidas de investir em Cuba e de entrar no mercado da ilha. Isso faz com que as empresas de outros países não sofram a competição das companhias norte-americanas em Cuba.

Ao comentar a prorrogação da aplicação do bloqueio, em setembro deste ano, Rodriguez rechaçou o pretexto do interesse nacional dos EUA, utilizado por Barack Obama. “Nenhuma pessoa séria pode sustentar que Cuba é uma ameaça é uma ameaça à segurança nacional da única superpotência”.

O governo cubano também exigiu o fim da inclusão de Cuba nas listas de supostos Estados patrocinadores do terrorismo e exigiu a libertação de cinco ativistas cubanos presos nos EUA desde 1998. “O presidente Obama tem a oportunidade histórica de mudar essa política e acabar com o bloqueio. Ele tem os instrumentos executivos que permitiriam, agora mesmo, modificar substancialmente a aplicação das medidas de bloqueio”, observou o chanceler, que qualificou como positivos, mas extremamente limitados e insuficientes, diversos passos dados pela Casa Branca para desmontar as duríssimas restrições aplicadas pelo ex-presidente George W. Bush.

“A realidade é que ainda não voltamos sequer à situação de 2004, quando os EUA permitiam um certo nível de intercâmbio com contrapartidas cubanas”.

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16215

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Globalização

O Brasil da globalização

Milton Santos

A globalização pretende ser homogeneizadora, como presença obrigatória em todos os continentes e lugares. E a promessa de construção de um mundo só estaria incluída nesse movimento. Todavia, tal pretensão até agora apenas renova disparidades e cria novas desigualdades, o que é devido à violência dos seus processos fundadores, todos praticamente indiferentes às realidades locais. A aplicação brutal de princípios gerais a situações tão diversas é criadora de desordem. Por isso mesmo, a globalização beneficia apenas uma parcela limitada de atores, enquanto causa transtornos e danos à maioria das empresas e das pessoas.

Segundo as condições preexistentes nos países ou como resultado da forma como estes se dispuseram a participar do novo período histórico, os territórios e as populações conhecem uma variedade de impactos, características de sua situação atual. Há, desse modo, países mais ou menos sensíveis ou mais ou menos infensos aos resultados do processo globalitário.

Este representa uma vontade arrebatadora de dominar o mundo, para afeiçoá-lo à sua imagem, mas as conseqüências variam segundo as condições locais de adaptação à nova ordem e o próprio interesse das nações hegemônicas.

O caso do Brasil é típico. Trata-se de um país cujas elites são caracterizadas por um gosto ancestral pelas modernidades. Sua história é uma sucessão de aberturas, nem sempre confessadas, mas que redundam num processo de imitação, às vezes grotesco, mas considerado moderno. Para isso contribui de modo marcante a força das mencionadas elites na formulação do que se pode chamar de um retrato do Brasil; e até mesmo uma boa parte das elites intelectuais parece haver renunciado à constituição de uma ciência própria, contente de ir buscar lá fora aprovação e legitimação para suas práticas intelectuais. Com a emergência e expansão das classes médias ainda mais água foi levada a esse moinho, movimento para o qual o papel amolecedor do consumo foi determinante.

Recentemente, esse país já aberto deu sinais de querer abrir-se todo, a abertura sendo a principal palavra de ordem na economia, na cultura e na política. Os postulados essenciais da política econômica e até mesmo da política social são importados como um pacote fechado. É dessa forma que o Brasil se torna paralelamente um país desarmado; e, o que é pior, desarmado de dentro. E isso implica a falta de apetite para uma discussão mais aprofundada das opções que poderia seguir. Foi assim que a nação, tornada indefesa por suas próprias mãos, tornou-se uma presa fácil para tudo o que foi sugerido de fora, sem outra consideração que a obediência a esse credo. Entre os próprios bolsões de resistência, as demissões foram se dando cada vez mais numerosas, inclusive nas elites intelectuais cujo dever, entretanto, seria o de pensar criticamente as novas situações, de modo a oferecer visões diferentes e apontar as opções cabíveis. É significativo assinalar que entre as mencionadas elites intelectuais rareou a busca de interpretações globalizantes do país, ampliou-se o desinteresse pela questão nacional e, num plano mais alto, reduziu-se o debate sobre a própria questão civilizatória. Tudo isso, ajudado pelo papel da propaganda, da moda e da mídia, acaba por ter um papel claramente deformador na formação da consciência das gerações montantes, ao mesmo tempo em que as diferentes manifestações de cidadania se tornam ainda mais difusas e débeis.

Esse conjunto de circunstâncias explica a relativa demora da opinião pública para se aperceber dos malfeitos da globalização perversa e, em conseqüência, elaborar um conjunto coerente de idéias e interpretações da nova realidade nacional, de modo a influir eficazmente na vida política mediante a influência que possam ter sobre a doutrina e a prática dos partidos.

Agora, finalmente, parece que a nação acorda, ainda aturdida pelo pesadelo em que vive. É auspicioso constatar que ela está dando mostras de estar chegando a um limite quanto à aceitação da situação que se criou com a aceitação sem peias do processo de globalização. Falta, sem dúvida, que as manifestações de violência ou revolta, de inconformidade ou de desconforto que atingem a maioria da população, parem de ser aceitas e tratadas como fatos isolados e que se reconheça a vida sistêmica de todos esses males e de todas essas reações aparentemente excepcionais. Dessa forma, ver-se-á que a sua existência é devida aos efeitos da globalização perversa, que a atual política econômica insiste em preservar. Será a partir desse marco que os movimentos sociais poderão ser reestruturados e que a vida partidária poderá obter um novo elo, de modo tal que a atividade política possa dar maior atenção aos interesses da nação e ao bem-estar das classes populares.

A visão de Charles Chaplin

“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos dele. (...) Criamos a época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina que produz em grande escala tem provocado escassez. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos e demasia e sentimos bem pouco. Mas do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura! Sem essa virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido”. Charles Chaplin, 1941.

Ponto de partida

Este é o primeiro texto que escrevo, na verdade não sei muito bem que rumo seguir. Talvez seja melhor, deixar que ele me leve, ao invés de tentar direcioná-lo, afinal de contas, Arquimedes quando disse Eureka!!! surpreendeu-se com a importância de sua descoberta. Quem sabe, no próximo esteja mais inspirado.