terça-feira, 24 de novembro de 2009
Irã X Israel
Dois pesos e duas medidas
Esta semana, por ocasião da visita do presidente iraniano ao brasil, Mahmoud Harmadnejad, vários protestos foram feitos, acusando-os de violar os direitos humanos, dessa forma, segundo os protestantes (em sua maioria judeus) o presidente Lula não poderia recebê-lo, pois, estaria sendo conivente com o seu governo.
Não quero questionar a questão do desrespeito aos direitos humanos no Irã. Mas, se formos seguir o mesmo raciocínio e discurso usados pelos manifestantes, o presidente Lula tb não poderia ter recebido o premier Israelense, pois, recentemente, o Estado de Israel foi acusado pelo ONU de desrespeitar os direitos humanos, em relação ao tratamento dado aos palestinos no territórios ocupados. Então? Porque os mesmo manifestantes não fizeram o mesmo quando o primeiro ministro de Israel esteve aqui?
Discutiremso isto depois.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Religião e religiosidade
Ainda na Pré-História, ao perceber que as plantas cresciam mais rápido, quando eram cultivadas próximo a lugares onde havia mortos enterrados, os homens começam a estabelecer uma relação entre sucesso na colheita e o sobrenatural. A acreditando dessa forma que os mortos interferiam no mundo dos vivos.
O nascer do sol, a chuva, a queda de um raio, o crescimento das plantas, eram vistos pelo homem primitivo como manifestação da ira "divina", por isso, este passou a fazer oferendas e suplicas ao deus, ou deusa, com o objetivo de aplacar a ira e conseguir desta forma, uma boa colheita.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Poesia escrita por Marx
"A menina está ali tão reservada,
tão silente e pálida;
a alma, como um anjo delicada,
está turva e abatida...
Tão suave, tão fiel ela era,
devotada ao céu,
da inocência imagem pura,
que a Graça teceu.
Aí chega um nobre senhor
sobre portentoso cavalo,
nos olhos um mar de amor
e flechas de fogo.
Feriu-a no peito tão fundo;
mas ele tem de partir,
em gritos de guerra bramando:
nada o pode impedir".
Marx tb tem esta profunda reflexão, talvez um desabafo:
"Os mundos uivam o próprio canto fúnebre.
e nós somos macacos de um Deus frio".
Fonte: www.mundodosfilosofos.com.br
Surrealismo
A arte para ver e sentir.
O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente. Suas origens devem ser buscadas no dadaísmo e na pintura metafísica de Giorgio De Chirico. Este movimento, a exemplo de seus predecessores, pregou a transgressão dos valores morais e sociais, a nulidade das academias e a dessacralização do artista, com uma ressalva: ao nihilismo fundamentalista do dadaísmo opôs uma atitude esperançosa e comprometida com seu tempo.
A publicação do Manifesto do Surrealismo, assinado por André Breton em outubro de 1924, marcou historicamente o nascimento do movimento. Nele se propunha a restauração dos sentimentos humanos e do instinto como ponto de partida para uma nova linguagem artística. Para isso era preciso que o homem tivesse uma visão totalmente introspectiva de si mesmo e encontrasse esse ponto do espírito no qual a realidade interna e externa são percebidas totalmente isentas de contradições.
A livre associação e a análise dos sonhos, ambos métodos da psicanálise freudiana, transformaram-se nos procedimentos básicos do surrealismo, embora aplicados a seu modo.Por meio do automatismo, ou seja, qualquer forma de expressão em que a mente não exercesse nenhum tipo de controle, os surrealistas tentavam plasmar, seja por meio de formas abstratas ou figurativas simbólicas, as imagens da realidade mais profunda do ser humano: o subconsciente.
Dentro do surrealismo devem-se destacar três períodos importantes e bem diferenciados entre si: o período dos sonhos (1924), representado pelas obras de natureza simbólica, obtidas através de diferentes procedimentos de automatismo, de um certo figurativismo; o período do compromisso político (1928), expresso na filiação de seus líderes ao comunismo; e uma terceira fase (1930), de difusão, que se empenhou na formação de grupos surrealistas em toda a Europa, tendo conseguido a adesão de grupos americanos.
Reflexão
Karl Marx
Ferreira Gular
Educar é de certo modo transformar o animal humano em cidadão. Assim, quem educa é a sociedade. Educa através de seus órgãos especializados - as escolas, os colégios, as faculdades - e educa através de todos os seus membros, a cada momento e em todos os lugares. A sociedade educa através dos programas de rádio, dos programas de televisão, dos jornais, dos livros, das revistas pornográficas, das histórias em quadrinhos, das empresas, da prática do esporte, dos assaltos a mão armada, da tortura dos prisioneiros políticos e dos presos comuns; das palavras dos pais e das ações dos pais. Cada indivíduo é um professor a serviço da sociedade ou contra ela, mas sempre em função dos valores estabelecidos. E não poderia ser de outro modo. O homem é um ser social e sua vida não tem sentido se não se insere na sociedade. Mas, se a sociedade é injusta? Uma sociedade fundada sobre a injustiça educa para a injustiça. Donde se conclui que a sociedade tem que ser reeducada para poder educar. A educação exige que a sociedade seja justa para que o educador possa cumprir a sua alta missão de possibilitar a cada indivíduo o pleno desenvolvimento de sua personalidade.
[Discurso de abertura do XXV Congresso Mundial de Educação Através da Arte, realizado no Rio de Janeiro, em 1983.]
Kar Marx
A título de esclarecimento, vale lembrar que o conjunto da obra de Marx, que inclui artigos de jornais - produzidos para países de várias partes do mundo -, rascunhos, textos, livros, etc... estão reunidos em uma instituição sediada na Alemanha. Estima-se que demore pelo menos mais 10 anos para que toda sua obra seja publicada.
Isto nos leva à seguinte conclusão: muitos indivíduos que se dizem marxistas, em geral, leram apenas três ou quatro obras de Marx, portanto, tem apenas um pálido conhecimento do pensamento marxista.Falam verdadeiras besteiras, no que tange a conceitos centrais do bom velhinho. Em geral estes indivíduos são os mais radicais, fruto do desconhecimento ou da cegueira filosófica característica dos Partidos Comunistas.
Perdoai-vos Marx, eles não sabem o que fazem!!
domingo, 1 de novembro de 2009
O Bloqueio à Cuba
Mais uma vez, a Organização das Nações Unidas condenou o bloqueio aplicado pelos Estados Unidos contra a ilha. Em uma nova votação, 187 países disseram não ao bloqueio, deixando em uma posição isolada os três únicos defensores da medida: os EUA, Israel e Palau. Proibições e restrições seguem atingindo diversas áreas. Recentemente, a Orquestra Filarmônica de Nova York foi proibida pelo governo norte-americano de se apresentar em Cuba. Governo cubano vê alguns passos positivos de Obama, mas diz que eles ainda são extremamente limitados e insuficientes.
Redação - Carta Maior
Mais uma vez, a esmagadora maioria dos países do mundo condenou, na Organização das Nações Unidas, o bloqueio imposto pelos Estados Unidos contra Cuba. Este ano, 187 países disseram não ao bloqueio, superando o recorde de votos de 2008, com dois votos a mais. EUA, Israel e Palau voltaram a integrar a pequena lista de países que votou contra o fim do bloqueio.
O governo de Cuba, por sua vez, reiterou que o bloqueio dos EUA contra a ilha permanece intacto e constitui uma violação massiva, fragrante e sistemática dos direitos humanos. “Esse cerco continua sendo uma política absurda que provoca carências e sofrimentos, aparecendo tipificado, na Convenção de Genebra de 1948, como um ato de genocídio inaceitável eticamente”, disse o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.
Falando no plenário da Assembléia Geral das ONU, o chanceler acrescentou que essa política é um ato de ignorância e acusou Washington de mentir quando diz que se trata de um assunto bilateral. Rodríguez lembrou que a aplicação extraterritorial das leis do bloqueio, como a Helms-Burton e a Torricelli, também afeta aos demais Estados da ONU e apontou que 56 países sofreram sanções no último período, em função desta legislação. “Essas proibições, desumanas e anacrônicas, não se aplicam somente a Cuba, mas também aos países que vocês representam”, disse.
Ele falou também sobre o impacto do bloqueio, em especial nas áreas da infância, medicina, telecomunicações, alimentação, cultura e ciências. Recentemente, a Orquestra Filarmônica de Nova York foi proibida pelo governo dos EUA de tocar em Cuba.
As 1.941 embarcações que atracaram em Cuba, entre julho de 2008 e julho de 2009, foram proibidas de entrar nos portos dos EUA durante 180 dias. O chanceler destacou ainda que, segundo recentes pesquisas, 76% dos cidadãos estadunidenses se opõem ao bloqueio. Além disso, cresce a pressão do setor empresarial pelo fim do bloqueio. As empresas dos EUA estão proibidas de investir em Cuba e de entrar no mercado da ilha. Isso faz com que as empresas de outros países não sofram a competição das companhias norte-americanas em Cuba.
Ao comentar a prorrogação da aplicação do bloqueio, em setembro deste ano, Rodriguez rechaçou o pretexto do interesse nacional dos EUA, utilizado por Barack Obama. “Nenhuma pessoa séria pode sustentar que Cuba é uma ameaça é uma ameaça à segurança nacional da única superpotência”.
O governo cubano também exigiu o fim da inclusão de Cuba nas listas de supostos Estados patrocinadores do terrorismo e exigiu a libertação de cinco ativistas cubanos presos nos EUA desde 1998. “O presidente Obama tem a oportunidade histórica de mudar essa política e acabar com o bloqueio. Ele tem os instrumentos executivos que permitiriam, agora mesmo, modificar substancialmente a aplicação das medidas de bloqueio”, observou o chanceler, que qualificou como positivos, mas extremamente limitados e insuficientes, diversos passos dados pela Casa Branca para desmontar as duríssimas restrições aplicadas pelo ex-presidente George W. Bush.
“A realidade é que ainda não voltamos sequer à situação de 2004, quando os EUA permitiam um certo nível de intercâmbio com contrapartidas cubanas”.
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16215